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Emmanuel Lévinas e a Alteridade (1)

Professor Euclides André Mance
Instituto Vicentino de Filosofia

1. Informação Biográfica

Emmanuel Lévinas nasceu em 12 de Janeiro de 1906 em Kovno -- ou Kaunas, como traduzem os portugueses --, uma cidade da Lituânia, país em que para Lévinas o judaísmo havia conhecido o desenvolvimento espiritual mais elevado na Europa Oriental. A origem judia e burguesa, marcará profundamente sua existência. Em Kovno seu pai possuía uma livraria e desde pequeno Lévinas aprende o hebraico e estuda o talmud e a bíblia. Os autores russos como Pouchkine, Gogol, Lermontov e Tolstói o envolvem, mas sobretudo Dostoiévski, no qual aprecia uma inquietude ética e metafísica. Em 1914, em razão da Guerra emigram por territórios russos, instalando-se, em 1916, como refugiados em Karkhov, Ucrania, onde posteriormente presenciam os desdobramentos da Revolução Bolchevique que avança sobre toda aquela região, anexando em 1920 o território ucraniano à Rússia. Embora a Revolução Bolchevique atemorizasse sua família de certa condição burguesa, o jovem Lévinas a acompanhava com alguma curiosidade.

Em 1923 mudam-se para Strasbourg, França, onde Lévinas cursará filosofia. Cinco anos mais tarde parte para Fribourg-en-Brisgau, onde assiste aos cursos de Husserl e Heidegger. Em 1930 publica sua tese de doutorado do terceiro ciclo de estudos, sob o título Teoria da Intuição na Fenomenologia de Husserl. Nos anos de 1931 e 1932 participa dos Encontros Filosóficos organizados por Gabriel Marcel.

De 1933 a 1939 ocorre o surgimento e a ascensão do nazismo, com Hitler tornando-se chanceler na Alemanha, promovendo a anexação e a invasão de outros países. Lévinas que havia se naturalizado francês em 1930 é mobilizado em 1939 pelo serviço militar a fim de atuar como interprete de russo e alemão no período da guerra. No ano seguinte é feito prisioneiro, permanecendo durante a guerra em um campo de cativeiro na Alemanha, com tratamento diferenciado dos demais judeus em razão de sua condição de soldado francês. Neste período quase toda sua família que permanecera na Lituânia é massacrada pelos nazistas. Sua esposa e filha escapam da morte ficando escondidas em um mosteiro em Orleans. No cativeiro Lévinas começa escrever Da Existência ao Existente, que publicará em 1947, ano em que também publica, Le Temps et l'Autre, quatro conferências proferidas, após a guerra, no College de filosofia fundado por Jean Wahl.

Em 1957 realiza a primeira conferência sobre textos talmúdicos no Colóquio de Intelectuais Judeus da França.

Em 1961 publica Totalidade e Infinito, sua tese de doutorado em Letras e é nomeado professor à Universidade de Poitiers. Dois anos mais tarde publica Difícil Liberdade - coletânea de ensaios sobre o judaísmo. Em 1967 é nomeado professor à Universidade de Nanterre e em 1973 nomeado professor à Sorbonne. No ano seguinte publica Outro modo que ser ou para além da Essência e, em 1982, De Deus que vem à idéia.

 

2. A alteridade em "DA EXISTÊNCIA AO EXISTENTE" - 1947

O livro que recebeu posteriormente o título Da Existência ao Existente começa a ser escrito ainda no cativeiro durante a Segunda Guerra. Neste trabalho, Lévinas põem em questão a fenomenologia de Heidegger. Não o faz por uma motivação abstrata, mas porque como prisioneiro de guerra experimenta na carne uma das dimensões da ontologia heideggeriana. Comenta Lévinas a François Poirié que ao voltarem dos campos de trabalho forçado, ele e seus companheiros, eram observados das janelas pelos alemães em silêncio como judeus, entes manipuláveis de um mundo fundado num projeto alemão geopolítico de assegurar o lebensraum, o espaço vital. Aqueles homens eram apenas mediação de um projeto, momento de uma totalidade; sob os olhares da janela ali não havia alteridade alguma. O outro era negado em sua alteridade e afirmado em sua diferença a partir do sentido que recebiam em função do projeto alemão. Desde aquela experiência da guerra, conclui Lévinas que o existente que dá sentido aos entes no mundo estaria numa impessoalidade, árida, neutra que somente poderia ser superada no ser-para-o-outro, como momento ético de respeito à Alteridade.

Em Da Existência ao Existente é formulado um conceito fundamental ao pensamento de Lévinas, o "il y a", a condição humana em seu momento impessoal de haver. Embora tal conceito seja a tradução francesa de Es Gibt, é diferente deste conceito heideggeriano, que deriva do verbo Geben, dar, em que o eu, em sua condição de Es Gibt, como o que simplesmente há, constitui-se como uma consciência doadora de sentidos, pródiga neutra e inocente. O il y a caracteriza o fenômeno do ser impessoal, uma situação de horror que não é angustia, como o silêncio durante a noite que se escuta como a presença surda e invisível de um ser indefinido que exclui a humanidade e desafia a existência. Uma espécie de rumor caótico de um existir anônimo: uma existência sem existente ( o humano como um nada, como um objeto na guerra, transportado nos trens para ser destruído)(2).

Sair do il y a é sair do não-sentido. Mas como fazê-lo? Não basta, para tanto, conferir um significado aos entes do mundo, pois ao conferir tais sentidos o Eu reduz o Outro a um terceiro que é o conceito sob o domínio do ser. A consciência, pois, não abre nada mais além do mesmo. Para romper a clausura deste haver impessoal não basta pôr-se como consciência que pensa, pois o pôr-se a si mesmo e por si mesmo é ainda a imanência do mesmo na condição impessoal. Para sair do Il y a será necessário ao eu depor-se, e a única alternativa que resta para tanto é ser-para-o-outro: " a deposição da soberania pelo eu é a relação social com outrem des-inter-essada ", que etimologicamente aponta à situação de estar fora do ser e de seus domínios. Somente sendo para o Outro o eu emerge da condição do il y a e pode escapar à imanência do ser.

Ser para o outro significa a responsabilidade(3) ética por ele, que permite ao eu superar o rumor anônimo e insignificativo do ser. Em síntese, no livro Da Existência ao Existente, desenvolve-se uma reflexão sobre a tentativa de sair da condição do haver impessoal, avançando na própria constituição da condição humana -- não mais um ser para a morte, mas um ser para o Outro.

 

3. A alteridade em "O TEMPO E O OUTRO" - 1947

Nestas conferências, realiza-se a investigação sobre a relação do Eu com o Outro, em sua dimensão de temporalidade e transcendência à imanência do ser. O tempo "...não é o fato de um sujeito isolado e único"(4), não é a mera percepção da duração, mas como transcendência é abertura a outrem e ao Outro, é a própria relação do sujeito com outrem(5). Tal transcendência é tratada sob a perspectiva da diacronia, em que o mesmo é não-indiferente ao Outro, em que a estranheza e novidade do futuro não se descreve na sua referência ao presente onde terá que vir e estará antecipado numa pro-tensão. Não se reduz a novidade do futuro, da manifestação do Outro, aos horizontes do presente do mesmo. Se no existencialismo o sujeito que realiza temporalmente seu projeto vive o desespero da solidão, isolamento na angústia, estas conferências de Lévinas apresentam a tentativa de sair do isolamento do existir extrapolando o âmbito do saber.

O saber é uma imanência e na comunicação do saber que se desenrola no tempo, não há ruptura do isolamento do ser. Na comunicação do saber estamos ao lado de outrem e não confrontados a ele. Relacionar-se com o outro, não é tematizá-lo, tomá-lo como objeto de conhecimento ou comunicar-lhe um conhecimento. Ora se podemos comunicar a existência pela palavra, mas não podemos partilhá-la ao âmbito do saber, que tipo de participação com o ser pode nos fazer sair da solidão ? A alternativa encontrada por Lévinas será a socialidade que confere uma nova significação ao tempo. "O tempo não é uma simples experiência da duração, mas um dinamismo que nos leva para outro lado diferente das coisas que possuímos. Como se, no tempo, houvesse um movimento para além do que é igual a nós. O tempo como relação com a alteridade inatingível e, assim, interrupção do ritmo e dos seus giros."(6) Lévinas descreverá esta tese desenvolvendo análises da erótica e da paternidade que serão novamente tratados em Totalidade e Infinito.

 

4. A alteridade em "TOTALIDADE E INFINITO - ENSAIO SOBRE A EXTERIORIDADE" - 1961

Sem dúvida esta é uma da obras mais importantes de Lévinas, tendo influenciado a Filosofia da Libertação na América Latina, em especial Enrique Dussel, Osvaldo Ardiles, Juan Carlos Scannone e outros. Aqui Lévinas retoma reflexões e conceitos anteriores e os reorganiza, agora abordando a relação entre totalidade e exterioridade, o mesmo e o outro, a ontologia e a metafísica.

O outro enquanto outro escapa a fenomenologia do olhar. A fenomenologia reduz aquilo que se vê a um ente no mundo com um sentido estabelecido a partir do projeto fundamental, do ser: "A visão não é transcendência. Outorga uma significação pela relação que faz possível. Não abre nada... mais além do mesmo..." (7) . Contudo a aparição do rosto desnudo em meu mundo é a revelação de outro que exige respeito e acolhida, porque é pobre, peregrino, estrangeiro, fraco e indefeso. O aparecimento do rosto no mundo do mesmo instaura a exigência ética: Não Matarás ! Matar significa, desde tal momento, negar a infinitude do outro reduzindo-o a um mero ente do mundo, significando-o a partir da totalidade. A transcendência da totalidade ontológica do Eu ao Outro se dá pela abertura à palavra do outro que emerge em meu mundo como um rosto. O outro se revela outro em seu rosto, mas manifesta ser infinitamente Outro pela sua palavra. A linguagem se torna, entretanto, apenas o espaço do encontro do Eu com o Outro: " a linguagem não é mera experiência, nem um meio de conhecimento de outrem, mas o lugar do Reencontro com o Outro, com o estranho e desconhecido do Outro"(8). No diálogo o sentido da palavra interpelante sempre escapa à hermenêutica do Eu que nunca conseguirá interpretá-la adequadamente. O outro e sua palavra não podem ser reduzidos a uma psicologia, sociologia ou outro logos qualquer, sem serem desfigurados em seu rosto.

É na relação de face-a-face, entre o eu e o outro, que se estabelece a proximidade, cujo sentido primordial e último é a responsabilidade do eu pelo outro, sem exigência de reciprocidade, pois se houvesse tal exigência não se trataria mais de uma relação des-inter-essada. Nesta responsabilidade constitui-se a subjetividade do sujeito. " Esta fenomenologia da proximidade toca uma esfera que, na subjetividade, precede a intencionalidade, tendo uma trama espiritual anterior à consciência, ao saber e ao tempo rememorável"(9) pois o primeiro movimento do homem não é a significação do mundo, mas o desejo. Se no âmbito da consciência é impossível ao homem sair de si mesmo, considera Lévinas que o real contato com a alteridade somente é possível a partir do Desejo e da necessidade.

A necessidade ou o desejo (grafado com "d" minúsculo) expressam o "... primeiro movimento do Mesmo... e também uma dependência frente ao outro"(10), pois resulta na apropriação dos elementos do mundo e se conclui no gozo. O Eu que goza, é um Eu separado, inocentemente egoísta e só. A necessidade subsume a alteridade, morde o real, dela se apropria.

O Desejo do Outro enquanto Outro é considerado por Lévinas tanto como o Desejo do Invisível: pois deseja o outro que como tal não pode ser visto sob a fenomenologia do olhar, sob a luz da razão, que permanece um mistério não profanado; quanto como Desejo do Infinito: pois o outro como outro revela-se infinitamente outro não podendo ser aprisionado em um conceito com suas determinações imanentes, manifestando-se sempre como surpresa e novidade; ou ainda como Desejo Metafísico: pois deseja o outro para além da totalidade ontológica de um sentido que a ele se estabeleça previamente em nosso mundo. Este Desejo move o Eu e o Outro ao face a face, que se realiza como proximidade em uma relação interpessoal de responsabilidade aberta ao Infinito. Tal Desejo não se conclui no gozo, pelo contrário o desejado não satisfaz o Desejo, mas o aprofunda. A metafísica, conforme Lévinas, deseja o outro para além das satisfações.

Em um capítulo dedicado à Fenomenologia do Éros, a relação erótica é tratada simultaneamente como necessidade e Desejo. Considera Lévinas que para além da totalidade erótica que se estabelece entre o mesmo e o outro movida pelo desejo concluindo-se no gozo, afirma-se a transcendência da alteridade movida pelo Desejo, sempre insatisfeito e aprofundado, à proximidade e de um terceiro, o filho, que é também o outro, embora seja a continuação da vida do mesmo.

Esta metafísica contemporânea elaborada por Lévinas questiona a ontologia: " A ontologia que retorna o Outro ao Mesmo... renuncia ao Desejo metafísico, à maravilha da exterioridade, da qual vive este Desejo"(11). Mais enfaticamente dirá Lévinas que "A filosofia do poder, a ontologia, como filosofia primeira que não questiona o Mesmo, é uma filosofia da injustiça"(12). A relação ética movida pelo Desejo metafísico torna-se, portanto, anterior a qualquer filosofia, teoria ou projeto político. Ser-para-o-outro é a própria condição de constituição da subjetividade humana, emergindo da neutralidade de um haver impessoal e da significação neutra dos entes do mundo no horizonte do ser, em que os seres humanos e sua história são reduzidos a movimentos de conceitos no plano do saber, compostos teoricamente em função de projetos que os reduzem a entes manipuláveis, efetivando praticamente inúmeras formas de injustiças.

No face a face, na relação de proximidade entre o eu e o outro, estabelece-se a curvatura do espaço intersubjetivo, ou a assimetria: o outro situa-se num plano mais elevado que o eu. Pela sua palavra o outro é mestre do Mesmo e o ensina, devendo o eu julgar sua vida a partir da palavra do outro, com a consciência de que jamais se é justo o bastante. Nesta relação de respeito movida pelo Desejo Metafísico estabelece-se a morada em que o eu se coloca a serviço do outro numa relação de proximidade, desde a qual os elementos do mundo, o trabalho e a economia são colocados como mediação.

 

5. A Alteridade em OUTRO MODO QUE SER OU PARA ALÉM DA ESSÊNCIA - 1974

Neste livro Lévinas trata da Responsabilidade pelo Outro, que vai além da autenticidade. Não se trata apenas de ser de uma outra maneira, autêntica, mas sim de realizar uma condição que extrapole o próprio modo do ser. Este outro modo que ser é uma espécie do substituição do Eu pelo Outro, que aqui exporemos brevemente.

A responsabilidade pelo Outro é tratada, neste último livro, como estrutura fundamental da subjetividade. Afirma-se que a percepção do rosto não é da ordem da intencionalidade que ruma para a adequação. Assim, ao emergir o rosto do outro em meu mundo, desde que o outro me olha, sou por ele responsável. Como vimos, somente no exercício de tal responsabilidade é estabelecida a proximidade. Perante o outro a atitude humana é dizer Eis-me aqui!. Esta disposição de fazer alguma coisa por outrem, esta dia-conia é anterior ao dia-logo. O rosto, que emerge no mundo, simultaneamente nos pede e nos ordena, isto é, interpela-nos, pede-nos na condição ética de nos ordenar. Contudo, por mais que o eu assuma a sua responsabilidade pelo outro, não se pode exigir reciprocidade, pois a responsabilidade do outro é problema dele.

Esta responsabilidade sem limites pelo outro é um tema que Lévinas retoma da literatura, citando Dostoiévski, em Os Irmãos Karamazovi: "Somos todos culpados de tudo e de todos perante todos, e eu mais do que os outros". Para Lévinas somos responsáveis de uma responsabilidade total: "... Eu próprio sou responsável pela responsabilidade de outrem"(13). Desta forma ser responsável significa substituir-se ao outro -- e talvez aí esteja, antropologicamente, o outro modo que ser. A justeza deste dispor-se à palavra interpelante do outro é julgada por um terceiro, mas a justiça somente tem sentido ao conservar o espírito do des-inter-esse que anima a idéia de responsabilidade pelo outro. Afirma Lévinas que isto parece utópico, mas que não há humano sem des-inter-esse.

Em De outro modo que ser, o horizonte místico do pensamento de Lévinas se faz plenamente presente. Neste substituir-se ao outro faz-se presente a glória de Deus, afirmada como o de outro modo que ser: " Assumir a responsabilidade por outrem é, para todo o homem, uma maneira de testemunhar a glória do Infinito, de ser inspirado. Há profetismo, há inspiração no homem que responde por outrem, paradoxalmente, mesmo antes de saber o que, concretamente, se exige dele. Esta responsabilidade anterior à Lei é revelação de Deus"(14). Contudo, tal responsabilidade se impõe, independentemente desta dimensão mística, uma vez que "para ser digno da era messiânica é necessário admitir que a ética tem um sentido, mesmo sem as promessas do Messias"(15).

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Notas:

1 Esta comunicação, realizada em 02 de Agosto de 1993 como atividade do Programa de Conferências Mensais promovido pelo Studium Filosófico São Basílio Magno - OSBM, segue basicamente a estrutura e os destaques feitos pelo próprio Lévinas sobre sua trajetória intelectual, descritos em seus diálogos com Philippe Nemo, publicados sob o título Ethique et Infini, Paris, Fayard, 1982.

2 Em alguns momentos Lévinas aproxima o il y a de situações como a insônia, fadiga, preguiça e outras situações em que uma condição impessoal como que toma conta existência.

3 Lévinas prefere "responsabilidade" ao invés de usar o termo amor pois o considera correntemente mal empregado e por isso desgastado.

4 Emmanuel LÉVINAS, Ética e Infinito, Lisboa, Edições 70, 1988; p. 48-49

5 A distinção entre outrem e Outro poderia ser aventada, em certos contextos, tanto como a distinção entre o outrem antropológico e o Outro divino quanto a distinção, em outros contextos, entre outrem enquanto conceito do mundo do mesmo e Outro como alteridade transcendente à consciência do eu. O fato deste Outro poder significar tanto o antropologicamente outro para além dos conceitos do eu, quanto a alteridade divina possibilita leituras distintas de vários textos de Lévinas seja em um viés de caráter antropológico, seja em um viés de caráter místico.

6 Emmanuel LÉVINAS, op. cit. p. 53-54

7 Emmanuel LÉVINAS, Totalidad e Inifnito, Salamanca, Ed. Sigueme, 1977; p. 205

8 François POIRIÉ, Emmanuel Lévinas - Qui êtes-vous?, Lyon, La Manufacture, 1987; p. 21

9 Emmanuel LÉVINAS, "La Proximité", Archives de Philosophie, Nº 34, jul-set 1971; p. 373

10 Emmanuel LÉVINAS, Totalidad e Infinito p. 135

11 Ibidem, p. 66

12 Ibidem, p. 70

13 Emmanuel LÉVINAS, Ética e Infinito, p. 91

14 Ibidem, p. 107

15 Ibidem, p. 108


Emmmanuel Lévinas e a Alteridade
Revista Filosofia 7(8):23-30 abr 94.
Curitiba, PUC-Pr.


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