Euclides Mance.
30/04/2022
Quando você recebe uma mensagem compartilhada, afirmando ou exibindo algo como verdadeiro, você tem o direito de saber:
1. Quem é o autor da mensagem original que lhe foi repassada e quando e onde ela foi publicada pela primeira vez;
2. Se o conteúdo é uma montagem de textos, áudios e imagens ou não;
3. Com base em quê se pode afirmar que o conteúdo compartilhado é verdadeiro.
Se quem lhe enviou a mensagem não for capaz de responder a essas três questões básicas, talvez seja melhor não repassar essa mensagem a terceiros.
E se essa mesma pessoa lhe encaminhar várias mensagens assim, que ela não sabe quem escreveu ou produziu, quando foi escrito ou gravado nem onde foi originalmente publicado, que ela não sabe se são montagens de textos, áudios e imagens ou não, que ela não sabe como comprovar se são verdadeiras ou falsas, desconfie logo que talvez ela seja uma pessoa ingênua, de boa-fé mas mal-informada; ou que talvez ela esteja sendo usada por alguém ou algum grupo mal-intencionado que a induz ao erro por algum motivo; ou, pior ainda, que talvez ela própria esteja mal-intencionada querendo induzi-lo a acreditar em algo que nem ela mesmo sabe como provar que é verdadeiro.
Quando você recebe mensagens que geram dúvidas sobre algo relevante, é sempre importante compartilhar essas dúvidas sobre o assunto, procurando se informar melhor sobre ele a fim de formar sua própria opinião a respeito dele.
Mas evite compartilhar com terceiros mensagens que fazem afirmações sem mostrar como elas foram comprovadas e podem ser confirmadas, especialmente se forem sobre a reputação alheia.
Lembre-se que na boa comunicação, após ler uma matéria ou mensagem bem elaboradas sobre algo que tenha acontecido, você é capaz de identificar o que aconteceu, quem estava envolvido, quando, como, onde, porque, com que meios e de que modo aquilo ocorreu. E obtém ainda os dados necessários para confirmar, de maneira independente, as informações recebidas e aprofundar o seu próprio conhecimento a respeito do assunto!
Não esqueçamos jamais que a liberdade de expressão e a responsabilidade na comunicação são, respectivamente, um direito e um dever de todos.